quando surgiram os jogos paralímpicos

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quando surgiram os jogos paralímpicos,Hostess Popular Online Desvenda as Mais Novas Estratégias de Jogos com Você, Ajudando a Maximizar Suas Habilidades e Garantir a Vitória em Grande Estilo..O rebuço e as suas variantes foram provavelmente inspirados na tradição islâmica, que forçava as mulheres a cobrir a face. Foram utilizados um pouco por toda a Europa até ao século XIX, incluindo em Portugal, onde o seu uso perdurou durante vários séculos. A primeira tentativa do governo de o proibir terá sido através de uma carta régia de 1626, que impediu as mulheres de andarem embuçadas pelas ruas, e ordenava «''que se lancem pregões, que toda a mulher de qualquer qualidade, que for achada rebuçada, seja presa na cadeia, e condenada em perdimento do manto, e em cem cruzados de pena''». Porém, esta medida não teve resultado, pelo que em 11 de Agosto de 1649 D. João IV emitiu uma nova carta régia: «''que vendo eu os grandes danos, que se seguião do costume, que a comunicação com Castela havia introduzido neste Reino, de andarem as mulheres tapadas pelas ruas, e trazerem chapéu; procurando prover em tudo, como cumpre ao serviço de Deus e meu, e honestidade, que nele sempre houve, que tanto sou obrigado a desejar vá com as mais virtudes em crescimento, atalhando o que pode ser ocasião de se encontrar; fui servido resolver, e mandar se fixassem Editais, e lançar pregões nesta cidade de Lisboa, que nenhuma mulher pudesse andar a pé pelas ruas embuçada, com chapeo, ou sem êle, nem assistir nas Igrejas, com pena de que os Ministros e Oficiais de Justiça as poderão desembuçar no lugar, em que assim forem achadas; e sendo mulher nobre, a faria recolher a casa segura, e dar conta ao Julgador do Bairro, para que a mandasse a sua casa com a decência devida à sua qualidade; e pagará cinquenta cruzados...; e sendo mulher ordinária, pagará vinte cruzados da cadeia...''». Porém, eram previstas algumas excepções a esta regra: «''as regateiras que no lugar aonde vendem, poderão ter o dito chapéu; e sòmente usarão dele as mulheres que trouxerem mantilhas; e de nenhum modo haverão manto com chapéu, salvo as parteiras, que andarem em mula.''». O rebuço foi gradualmente desaparecendo da sociedade portuguesa devido às sucessivas regras que levavam à sua proibição, às novas exigências da moda e à sua má reputação, uma vez que alegadamente facilitava os roubos e a prostituição, além que por vezes era trajado por homens, de forma a poder criticar ou insultar outras pessoas sem serem reconhecidos. A conotação entre o rebuço e a prostituição também foi relatada pelo historiador Duarte Nunes de Leão no século XVI: «''E as que em Portugal se vem ir embuçadas, são estrangeiras & essas meretrices. E isto he tanto, que as mesmas rameiras Portuguezas se não embuçam por não parecerem o que são''».,O rebuço consistia numa espécie de capote comprido com um cabeção, geralmente de cor negra, que cobria quase totalmente o corpo, desde a cabeça aos pés. A única abertura era uma estreita rótula em bico para os olhos, que podia ser rodada com as mãos, de forma a mudar o sentido da visão. Embora o rebuço fosse normalmente confundido com o biôco, conhecido igualmente no Algarve como ''biúco'', este era ligeiramente diferente, sendo formado por um lenço de grandes dimensões, em tecido rijo, e que era segurado por um xaile que mais grosso e pesado na parte dos ombros e do pescoço. Na obra ''A Ruiva'', publicada em 1881 por Fialho de Almeida, surge uma referência ao uso do embuço em Lisboa: «''Dum lado e outro, a fileira de transeuntes seguia, gente de todas as castas, mulheres embuçadas em mantas...''»..

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quando surgiram os jogos paralímpicos,Hostess Popular Online Desvenda as Mais Novas Estratégias de Jogos com Você, Ajudando a Maximizar Suas Habilidades e Garantir a Vitória em Grande Estilo..O rebuço e as suas variantes foram provavelmente inspirados na tradição islâmica, que forçava as mulheres a cobrir a face. Foram utilizados um pouco por toda a Europa até ao século XIX, incluindo em Portugal, onde o seu uso perdurou durante vários séculos. A primeira tentativa do governo de o proibir terá sido através de uma carta régia de 1626, que impediu as mulheres de andarem embuçadas pelas ruas, e ordenava «''que se lancem pregões, que toda a mulher de qualquer qualidade, que for achada rebuçada, seja presa na cadeia, e condenada em perdimento do manto, e em cem cruzados de pena''». Porém, esta medida não teve resultado, pelo que em 11 de Agosto de 1649 D. João IV emitiu uma nova carta régia: «''que vendo eu os grandes danos, que se seguião do costume, que a comunicação com Castela havia introduzido neste Reino, de andarem as mulheres tapadas pelas ruas, e trazerem chapéu; procurando prover em tudo, como cumpre ao serviço de Deus e meu, e honestidade, que nele sempre houve, que tanto sou obrigado a desejar vá com as mais virtudes em crescimento, atalhando o que pode ser ocasião de se encontrar; fui servido resolver, e mandar se fixassem Editais, e lançar pregões nesta cidade de Lisboa, que nenhuma mulher pudesse andar a pé pelas ruas embuçada, com chapeo, ou sem êle, nem assistir nas Igrejas, com pena de que os Ministros e Oficiais de Justiça as poderão desembuçar no lugar, em que assim forem achadas; e sendo mulher nobre, a faria recolher a casa segura, e dar conta ao Julgador do Bairro, para que a mandasse a sua casa com a decência devida à sua qualidade; e pagará cinquenta cruzados...; e sendo mulher ordinária, pagará vinte cruzados da cadeia...''». Porém, eram previstas algumas excepções a esta regra: «''as regateiras que no lugar aonde vendem, poderão ter o dito chapéu; e sòmente usarão dele as mulheres que trouxerem mantilhas; e de nenhum modo haverão manto com chapéu, salvo as parteiras, que andarem em mula.''». O rebuço foi gradualmente desaparecendo da sociedade portuguesa devido às sucessivas regras que levavam à sua proibição, às novas exigências da moda e à sua má reputação, uma vez que alegadamente facilitava os roubos e a prostituição, além que por vezes era trajado por homens, de forma a poder criticar ou insultar outras pessoas sem serem reconhecidos. A conotação entre o rebuço e a prostituição também foi relatada pelo historiador Duarte Nunes de Leão no século XVI: «''E as que em Portugal se vem ir embuçadas, são estrangeiras & essas meretrices. E isto he tanto, que as mesmas rameiras Portuguezas se não embuçam por não parecerem o que são''».,O rebuço consistia numa espécie de capote comprido com um cabeção, geralmente de cor negra, que cobria quase totalmente o corpo, desde a cabeça aos pés. A única abertura era uma estreita rótula em bico para os olhos, que podia ser rodada com as mãos, de forma a mudar o sentido da visão. Embora o rebuço fosse normalmente confundido com o biôco, conhecido igualmente no Algarve como ''biúco'', este era ligeiramente diferente, sendo formado por um lenço de grandes dimensões, em tecido rijo, e que era segurado por um xaile que mais grosso e pesado na parte dos ombros e do pescoço. Na obra ''A Ruiva'', publicada em 1881 por Fialho de Almeida, surge uma referência ao uso do embuço em Lisboa: «''Dum lado e outro, a fileira de transeuntes seguia, gente de todas as castas, mulheres embuçadas em mantas...''»..

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